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[Entrevista] Taylor Momsen para a Nylon Magazine

Sentada no iluminado estúdio de Hoboken’s, legendário Water Music Recorders (o estúdio usado por todo mundo, de Beyonce a Sonic Youth), com um cigarro na mão e olhos perfeitamente maquiados, a representadora da The Pretty Reckless, Taylor Momsen é uma fodona do rock’n’roll. Ela percorreu um longo caminho desde seus dias de atriz, com sua banda (composta por Momsen, o guitarrista Bem Phillips, baterista Jamie Perkins, e baixista Mark Damon) para estrear seu segundo álbum, Going to Hell, neste agosto, e fizeram turnês pelo mundo com ícones da música como Marilyn Manson e Guns N’ Roses. E sim, se tornou a vida dela – quando foi perguntada sobre o que ela faz quando não está escrevendo, se apresentando ou gravando músicas ela responde, “escrevendo, me apresentando ou gravando músicas”, rindo. Enquanto ela tocou para nós algumas faixas secretas do novo álbum (cada uma melhor que a outra), nós conversamos com a atriz que virou música sobre a correria no estúdio, provando que ela não é só uma atriz entediada, frustrada com o estado do rock hoje em dia.

Como a banda evoluiu desde quando começou em 2009?
De muitos jeitos. É muito original e definitivamente mais pesado, e é um álbum cheio de aventuras. Nós estreamos nossa primeira música, “Follow Me Down”, e eu acho que ela deixa uma prévia em termos da direção que estamos seguindo. Esse álbum tem muita variedade de um jeito muito diferente; nosso som se tornou algo que acho que as pessoas nunca escutaram antes.

Como foi o processo de escrita deste álbum?
Sempre começa com uma música, todas são escritas com guitarra acústica. Então se uma música não é boa só no acústico então você precisa trabalhar mais nela; nós não gostamos de depender da produção. Então começa com a música e depois nós vamos para o estúdio. A parte torturante é escrever, é neste momento que você apenas senta e se mata. Então você vai para o estúdio e fica divertido e você vê tudo começar a viver. Cada música começa em um lugar diferente então não tem um processo direto.

Teve alguma coisa que você aprendeu com seu primeiro álbum Light Me Up  que você aplicou no Going To Hell?
Fazer turnê por todo o mundo por mais de dois anos e essa experiência sozinha e fisicamente vendo o mundo e não lendo sobre ele em um livro definitivamente muda sua perspectiva  sobre como você vê o mundo. Sério, sobre como você tudo. Isso está refletido neste álbum.

Tem muitos temas pesados neste álbum. Você acha estranho escrever um material tão emocional e desafiador e então mostrar para o público?
Eu acho que quando nós lançamos a primeira música, definitivamente teve uma hesitação, por eu estar colocando minha vida para o mundo todo, como as pessoas vão reagir a isso? Mas você aprende muito rápido que você não pode pensar assim. Quanto mais cedo você começa a se curvar por qualquer coisa, seja pelos fãs ou qualquer coisa assim, você esquece o porquê começou a fazer isso. Eu faço música para mim mesma. Eu gosto de escrever músicas. Eu vou fazer minha arte do jeito que eu vejo as coisas e se isso se conecta com as pessoas, é fantástico.

O que é engraçado, porque você também parece ser muito atenciosa com os fãs; não existem muitas bandas que lançam material novo toda semana, como você faz com as Hell Mondays.
Nos últimos dois anos tem sido mais ou menos uma tragédia: O estúdio foi alagado e nós perdemos todo nosso equipamento e as gravações. Isso foi uma contratempo gigante na produção do álbum e no acabamento, então foi muito chato. Agora que o álbum já está pronto pareceu uma boa hora para interagir mais com os fãs e ficar tipo “Oi, desculpe! Nós estivemos lidando com muitas merdas e estamos ansiosos para vocês escutarem!” Então, toda segunda, ou lançamos uma música ou fotos, nós tentamos dar algo a eles porque você não pode existir sem os fãs. Nós mantemos eles no escuro por muito tempo.

Então quando o furacão Sandy aconteceu você realmente perdeu tudo?
O estúdio inteiro estava completamente debaixo da água. Foi muito brutal. E foi uma droga porque estávamos em um lugar onde tudo era macio e móvel e tivemos que regravar tudo. Mas eu amo gravar.

Você acha que falta o seu “O que você vê é o que você obtém” no rock hoje em dia?
Acho que não tem muito. Especialmente a uns anos atrás tudo era eletrônico. Está começando a aparecer mais músicos que estão realmente tocando guitarra. As marés retornam, a música vai em ondas em termos do que é popular, e a maior coisa que eu aprendi é que você tem que se agarrar no que você faz melhor e esperançosamente as marés vão se virar para o seu benefício. Se você tentar seguir uma novidade ou uma tendência você só vai fracassar. Não tem volta.
Quando você lançou seu primeiro álbum você ainda era uma atriz que também fazia música. Agora você é uma música primeira e principalmente. Como você se sente agora que as pessoas pararam de falar sobre aquele período da sua vida?
É bom. Atuar era só um trabalho que eu precisava para pagar as contas. Não tinha nenhuma transição comigo, e também que eu não precisava ter três trabalhos e poderia me concentrar na música. Na medida em que a percepção pública de mim, que se transformou nos últimos anos – Nós fizemos turnê com o Manson e Evanescence! Leva um tempo para as pessoas mudarem sua percepção. É definitivamente mais focado na música do que era no início porque as pessoas estão começando a realmente entender; não é apenas uma novidade, é minha vida, corpo e alma.

O que tem no futuro para a The Pretty Reckless?
Nós estamos terminando os últimos detalhes do álbum e entramos em turnê em agosto. Tocaremos no palco principal no Reading and Leeds Festival e eu estou muito animada porque é minha meta!




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